fisica
Assim como o nordeste açucareiro, na região das minas o trabalho escravo convivia com muitas formas de trabalho assalariado, dada a variedade de tarefas complementares exigidas para o sucesso da mineração, como o comercio, a produção de alimentos e a construção civil que exigia a presença de carpinteiros, pedreiros, pintores, escultores e outros trabalhadores manuais. Além disso existia uma grande massa de gente sem trabalho definido, e que andava em busca de qualquer oportunidade para sobreviver.
Riqueza para poucos
Durante muito tempo, acreditou-se que a sociedade das Minas Gerais tinha oferecido mais oportunidades de trabalho e de enriquecimento do que as outras partes da colônia portuguesa na América. Supostamente, a possibilidade de se encontrar ouro poderia elevar rapidamente a condição econômica e social de qualquer colono.
Novas pesquisas sobre o tema apontaram que não era isso que ocorria na região. A exploração das jazidas, assim como a produção do açúcar. Era uma tarefa muito cara, que demandava fortes investimentos. Ela era conhecida pela Coroa somente aqueles que tivessem riqueza e escravos suficientes para poderem explorar um quinhão de terra e tributar uma parte do mineiro nele encontrada para o governo português .não era possível, portanto, que qualquer um enriquecesse com o ouro: isso só ocorreria com os mineradores que já tivessem recursos.
Além disso, a organização social na região mineradora era semelhante a de outras partes da colônia.
Era uma sociedade escravista, como em outras partes, e a riqueza só se convertia em status social quando o individuo preenchesse outros requisitos necessários, incluindo a crença religiosa (católica) e a cor da pele (branca). Não havia, portanto, nas Minas Gerais do século XVIII, nenhum esboço de democracia social, assim como no restante da colônia.
O controle das minas pela Coroa
A coroa portuguesa criou mecanismos de cobrança de impostos que garantiram a