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Caracterização de Polímeros Multifásicos.
Parte 1: Processamento e Morfologia
Carlos Alberto Correa
Resumo: A microscopia eletrônica (MEV e MET) tem sido amplamente utilizada para determinação da fração volumétrica, tamanho médio e distribuição de partículas da fase dispersa em polímeros reforçados com borracha.
Variações morfológicas observadas em tipos comerciais de HIPS e misturas mecânicas de poliamidas-NBR são discutidas com base no processo de manufatura. Por outro lado, a análise de micrografias de MEV do HIPS e misturas
HIPS-PS indicaram não haver variações significativas na morfologia para amostras extrudadas a diferentes velocidades de rosca. No entanto, na aplicação direta de microscopia quantitativa a micrografias de MET, os resultados obtidos mostraram-se sensíveis à concentração, espectro de partículas e espessura da amostra. A influência destes parâmetros foi discutida com base em princípios de estereologia podendo servir de base para a elaboração de modelos teóricos para reconstrução do espectro real de partículas a partir de histogramas.
Palavras chave: Polímeros multifásicos, tenacificação com borracha, polímeros de alto impacto, caracterização, análise de imagens, morfologia quantitativa.
INTRODUÇÃO
Muitos polímeros amorfos ou vítreos tendem a apresentar comportamento frágil à fratura limitando assim sua gama de aplicações. O reforçamento com elastômeros é reconhecidamente a técnica mais utilizada por grande parte das indústrias de polímeros para aumentar a resistência à fratura e a tenacidade destes materiais. Nesta importante classe de compósitos poliméricos encontram-se os polímeros de alto impacto que são tipicamente caracterizados por uma segunda fase borrachosa dispersa em uma matriz polimérica contínua. Comercialmente, existem inúmeros exemplos desta classe de materiais destacando-se entre os termoplásticos o HIPS; ABS; e formulações modificadas com elastômeros do PMMA;