Fios de sutura
Frontalis suspension with polytetrafluorethylene for the treatment of blepharoptosis
Juliana Silvério1 Débora Mayumi Sugano2 Lúcia Miriam Dumont Lucci3 José Ricardo Carvalho Lima Rehder4
RESUMO
Objetivo: Relatar a experiência com o uso do fio de politetrafluoretileno nas cirurgias de suspensão ao músculo frontal para correção de blefaroptose. Métodos: Foram estudados todos os casos de blefaroptose grave submetidos à cirurgia pela técnica de suspensão ao músculo frontal com o fio de politetrafluoretileno, no período de fevereiro de 2003 a abril de 2007. Foram realizadas 36 cirurgias em 23 pacientes, a média de seguimento foi de 15,8 meses (variando de 3 a 36 meses). A técnica cirúrgica utilizada foi a descrita por Fox. Resultados: Entre as causas de blefaroptose foram encontradas: congênita em 20 (86,95%) pacientes, blefarofimose em 2 (8,69%) pacientes e traumática em 1 (4,35%) paciente. Na primeira semana de pós-operatório, 6 (26,08%) pacientes referiram assimetria palpebral, 4 (17,39%) notaram edema local, 3 (13,04%) pacientes apresentaram granuloma no local do fio e 1 (4,35%) paciente apresentou celulite facial na região frontal unilateral. Após 3 meses de seguimento, 3 (13,04%) pacientes referiram assimetria palpebral, e em 1 (4,35%) paciente persistia o granuloma. Conclusão: O politetrafluoretileno Modelo CV3, 6.0 (Gore-Tex®; W.L. Gore & Associates Inc, Flagstaff, AZ, EUA) é um material adequado com bons resultados funcionais (86,9%), baixos índices de complicação (4,35%) e insatisfação (13,4%), podendo ser uma alternativa em relação à fáscia lata, na cirurgia de suspensão ao frontal para tratamento de ptose palpebral grave.
Descritores: Blefaroplastia/métodos; Blefaroptose/cirurgia; Politetrafluoretileno/utilização; Politetrafluoretileno/efeitos adversos
Trabalho realizado no Setor de Plástica Ocular do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do