Finanças
Esconder as coisas embaixo do tapete é uma característica do brasileiro. E por esse mesmo motivo é que preconceito contra raças é um tema velado no nosso país.
E analisando a situação de outro ângulo, é possível encontrar fatores que comprovam a dissimulação desse preconceito. É só olhar para a própria ESPM: menos de 2% dos alunos são negros. E quando olhamos para o nosso corpo docente vemos que apenas uma professora é negra. E ai analisamos: porque a maior parte da população da periferia é negra? E o numero de negros na fila de desempregados? E o numero de negros em presídios de todo esse país “abençoado por Deus”?
E mesmo depois de tantos fatos, você ainda se depara com a afirmação “Mas racismo não existe!”. Pensando bem, talvez isso até seja verdade, afinal, a história, as políticas, a mídia, estão ai com suas justificativas muito bem elaboradas de que racismo é coisa do passado.
Com a diversidade de dados apresentados em tantos meios, hipocrisia é a única palavra que define o nosso país. Mesmo com vários povos e tanta mistura, ainda sim existem pessoas que preferem negar veementemente a base fundamental para a dissimulada democracia em que julgam serem tão participativos: a dignidade como pessoa humana.
E assim segue a vida da pessoa negra, vendo os presídios lotados de negros suspeitos, periferias afro-descendentes submissas a uma política repleta de brancos chiquérrimos e hipócritas dando festas milionárias e ostentando seus enormes apartamentos.
Mas para nós, brancos, tudo bem, afinal, o hit de nossas festas é de “preto, de favelado, mas quando toca ninguém fica parado!”.