Financiamentos de Saf
1.0 Introdução No último século vem se intensificando a destruição de extensas áreas rurais no Brasil. As políticas de modernização da agricultura e de ocupação das áreas de fronteira podem ser apontadas como as principais responsáveis pelo cenário de degradação das florestas. O crédito rural foi o principal responsável pela modernização da agricultura e a substituição de grandes áreas naturais por sistemas pouco adequados às condições tropicais (os monocultivos mecanizados e as pastagens). A perda de solo por erosão, salinização, acidificação, compactação, degradação dos recursos naturais, contaminação das águas, são reflexos da agricultura moderna. (NAPOLITANO, 2009) O código florestal estabelece a necessidade de preservar os recursos naturais, apesar a legislação ignorada pela a maioria dos proprietários rurais. A falta de acordo entre as políticas para o desenvolvimento da agricultura familiar, e a visão sobre as áreas com coberturas vegetais eram improdutivas e sem potencial de geração de rendas, contribuiu para a desvalorização dos ecossistemas florestais e consequentemente para o aumento do desmatamento. A conservação dos ecossistemas florestais nas propriedades privadas ainda é vista como um entrave ao desenvolvimento da agricultura. A geração de renda por meio da valorização dos recursos naturais é, portanto fundamental para que se viabilize a conservação dos recursos. (NAPOLITANO, 2009). Mediante a este cenário o Sistemas Agroflorestais, segundo MAY, et al. (2000), seria uma alternativa para promover estabilidade e diversidade às fontes de renda para o produtor rural, assegurando, ao mesmo tempo, as funções ambientais que permitem a manutenção da fertilidade (proteção contra erosão por chuva ou vento) e o incremento nas características produtivas do solo, fornecendo matéria orgânica que reduz a compactação, aumenta a disponibilidade de nutrientes às plantas cultivadas, e conserva a umidade. Além