Financiamento de empreendimento imobiliário através da securitização de recebíveis: um estudo de caso
1. Introdução
Esta pesquisa tem como objetivo analisar um caso real da operação de securitização de recebíveis, para entender o mecanismo de uma operação de securitização e identificar os motivos que a tornam viável, confrontando com embasamento teórico.
O termo Financiamento designa uma modalidade de empréstimo em que o ativo envolvido é dinheiro (ou meio de pagamento). O financiamento envolve necessariamente duas partes: quem cede (ou financia) o dinheiro e quem o recebe, passando a beneficiar da sua utilização. Geralmente, quem financia é uma entidade financeira de crédito ou banco (daí a designação de financiamento bancário), que exige uma contrapartida: o juro. Este juro é calculado com base numa determinada taxa de juros que incide sobre o montante financiado (KNOOW, 2011).
Empreendimento (s) imobiliário (s) são construções, desmembramentos, loteamentos e condomínios destinados ao uso residencial, comercial ou industrial que, por suas características, necessitam de análise técnica e econômica. Com a elaboração de projetos específicos, além de possuir um valor monetário expressivo em relação a outros bens, devem ser produzidos em prazos previamente estipulados que, se ultrapassados, podem levar ao aumento de custos (SABESP, 2011).
No Brasil, é um hábito afirmar que não existe comercialização de um empreendimento imobiliário sem um financiamento de longo prazo, principalmente quando se trata de um empreendimento residencial, em que as pessoas utilizarão suas economias para fazer a aquisição. Sendo assim, as loteadoras e incorporadoras precisam buscar no mercado uma forma de não deixar o seu capital preso em financiamentos para clientes, e ter capital de giro para começar a realização de novos projetos.
Para a intermediação financeira acontecer, os agentes econômicos superavitários, cujos rendimentos correntes recebidos sejam superiores aos