Finalidade da Arte
FINALIDADE DA ARTE
Aluna: Bettina Calmon
Orientador: Luis Camillo Osorio
Introdução
Em seus “cursos de estética”, Hegel discute três modos de manifestação da verdade pelo espírito. Sendo estes, a arte, a religião e a filosofia. A arte foi o modo de expressão que reinou entre os povos gregos da antiguidade, e durante a época de ouro da idade média.
Nesses povos, a religião era parte de um ritual artístico. Esse tempo, em que a arte era louvável por si mesma já passou. Hegel alega que os interesses da sua época são outros.
Outrora, o âmbito artístico foi marcado por um impulso vital, e este desapareceu. E não foi por acaso que a arte perdeu sua vitalidade. Segundo o filósofo, o homem efetiva mudanças de fases devido a própria consciência que desenvolve. Logo, o ultrapassamento do tempo da arte, para o tempo da religião, para o tempo da filosofia, é necessário a evolução do homem e do espírito. São três os tipos de arte que Hegel identifica como parte dessa evolução espiritual.
Arte simbólica, clássica e romântica. Como arte, a clássica atinge o maior nível de perfeição, no entanto por ser arte é um modo de expressão limitado porque dependente de um meio sensível. No cristianismo, a aparição das formas sensíveis é quase acidental, embora seja dela que emane a espiritualidade. A filosofia é o único modo de expressão que elimina por completo o elemento sensível, é o mais elevado modo pois representar o pensamento puro e o pensamento é a natureza própria do espirito.
Outro autor que mais de cem anos depois, irá resaltar a importância da arte grega e medieval será Walter Benjamin. Ele nota que a obra de arte era um objeto inserido em uma tradição e sua inserção na sociedade se dava pelo culto ou ritual, seja ele mágico, religioso ou mesmo profano. Na renascença, o culto ao belo era profano e seguia bem seu curso, tendo a autenticidade como elemento fundamental, até o surgimento da fotografia. A fotografia,
“primeira