Filósofo contemporâneo: Hans Jonas

Hans Jonas (1903-1993) nasceu na Alemanha, de origem judia, teve o período inicial de sua formação humanística na leitura dos profetas Hebreus. Viveu em um período em que a humanidade, na tentativa de oferecer uma resposta para dilemas contemporâneos, questiona a possibilidade da não sobrevivência do homem na Terra, diante da irresponsabilidade como prática de ações insensatas, sobretudo com o meio ambiente. Em 1934 foi obrigado a abandonar a Alemanha em função da ascensão do nazismo ao poder. Jonas aponta as bombas de Hiroshima e Nagasaki como marco inicial do abuso de domínio do homem sobre a natureza, causando a destruição. É conhecido principalmente devido à sua influente obra “O Princípio da Responsabilidade, que se concentra nos problemas éticos sociais criados pela tecnologia. Mais do que uma consciência de apocalipse brusco, ele percebeu uma consciência de apocalipse gradual que decorre do crescente perigo de riscos do processo técnico global e do seu uso inadequado, propondo um novo pensamento que questiona o poder do homem sobre a natureza. Jonas quis sustentar que a sobrevivência humana depende de nossos esforços para cuidar de nosso planeta e seu futuro. Formulou um novo e característico princípio moral supremo: "Atuar de forma que os efeitos de suas ações sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana genuína". Sua obra "O Fenômeno da Vida", que tenta sintetizar a filosofia da matéria com a filosofia da mente, forma a espinha dorsal de uma escola de bioética nos Estados Unidos. Em geral, a biologia filosófica de Hans Jonas proporciona uma concepção una do homem, reconciliada com a ciência biológica contemporânea.