1. “Primeiro que tudo foi o caos, depois a terra de amplo seio…e o amor que sobressai entre os deuses imortais.” (Teog.116 sgs.), diz Hesíodo no documento mais antigo da cosmologia mítica, cerca de 700 a.C.. Depois dele, o pensamento filosófico desenvolve-se para além da teologia. Os pre-socráticos, ou filósofos da physis questionavam-se sobre a natureza das coisas, tinham preocupações cosmologicas e buscavam o principio ou arché. Esses filosófos surgem nos seculos VII e V a.C. Dividem-se em escolas em função do local onde exercem, ou em função do problema da sua pesquisa. Assim, podem distinguir-se cinco períodos: cosmológico, antropológico, ontológico, ético e religioso com as suas principais escolas: Jónica, Itálica, Eleática, Atomista, Eclética e de Pluralidade. A escola Jónica é representada por Tales de Mileto, que acreditava que as coisas têm um principio fisico arché que para ele seria a água. Outro filósofo jónico, Anaximandro de Mileto, defende que “o ilimitado é eterno” e não pode ser um elemento comum, presente em tudo, mas tem de ser um elemento neutro e invisível. Outro filósofo da mesma escola é Anaxímenes de Mileto, que pensava que a origem das todas as coisas é o ar. A doutrina do Heráclito afirmava que o mundo está em mudança perpétua. Para este filósofo a matéria básica era o fogo. Independentemente da diversidade da posições acerca do elemento primeiro, da substância concebida como princípio do ser e do devir, todos estavam de acordo em como o mundo está em movimento. Mas isto levantava o problema da transformação dos elementos. O fundador da escola Itálica é Pitágoras. Este afirma que o número é a substância mensurável do mundo e a harmonia na luta entre opostos encontra-se na música. Pitágoras introduziu o termo “filosofía” que significa “amor á sabedoria”. Filoau defendeu o princípio de que a diversidade dos elementos corpóreos (ar, água, terra, fogo) depende da forma geométrica das particulas minúsculas que as