Filosofia

* O exercício da desconstrução jamais resultará em respostas fechadas, definidas ou seguras sobre qualquer que seja o tema, tampouco sobre justiça e direito. * O direito não é a justiça, uma vez que o direito depende de cálculo e a justiça, por sua vez, é incalculável, “uma experiência do impossível”, levando-nos ao caminho da aporia. * Sendo a aporia uma experiência, a justiça é sempre possível. * A justiça seria então uma experiência que nunca poderíamos experimentar. * Quando uma lei é aplicada, uma regra é posta em prática, podemos dizer que o direito foi respeitado, mas não poderemos afirmar necessariamente que tal ato foi justo. * Não há direito sem força, o direito é sempre uma força autorizada, uma força justificada – ainda que possa ser julgada como injustificável. * Para que uma lei seja aplicada, há a necessidade do uso da força e Derrida ressalta ainda que não há leis que não são aplicadas, mas não há leis sem aplicabilidade. * Ela usa a palavra em alemão Gewalt para falar de um “lugar confortável” quando vai se discutir a aplicação da lei. * Gewalt: poder legítimo, autoridade, força pública, violência e autoridade (justificada) * Justiça não é o direito. A justiça do direito não é justiça. * Obedecemos às leis não porque são justas, mas sim porque tem autoridade (força). * Se o direito é da ordem do cálculo, a justiça é da ordem do incalculável, portanto, não há garantias de que um ato seja justo ou injusto, de que somos justos ou injustos. * É injusto julgar alguém que não compreende seus direitos nem a língua em que a lei está inscrita, ou o julgamento pronunciado. * A lei, o código universal de conduta (que conduz o direito), além de não dar conta da singularidade, tampouco é acessível ou compreensível a todos. * Logo de início, na formulação das leis, já fica patente a dificuldade em se garantir justiça.

* A desconstrução e a possibilidade de justiça

* "Será que a