Filosofia
DE
FILOSOFIA
Nome: Isabella C. C. Lippi Série : 3ºA nº14 Professor : Fransmar
Na Antiguidade pagã, o saber sempre foi privilégio de alguns. Todos sabem que o saber dá poder, logo era perfeitamente natural que aqueles que sabiam, procurassem esconder as suas descobertas, tentando assim controlar o poder. É na biblioteca da Abadia, encontrada no romance de Umberto Eco O nome da Rosa, que representa o saber da Igreja na Idade Média, que ocorrem as cenas de desenlace de toda intriga da obra. Essa biblioteca aparece-nos instalada num edifício em forma de labirinto, onde das salas partiam caminhos enganadores e no local mais inacessível, alguém colocara o livro da Poética de Aristóteles, que supostamente tratava da comédia e do riso e que era considerado um atentado à fé. Tal como o mundo, a biblioteca era um labirinto, cheio de segredos e caminhos falsos, onde era quase impossível encontrar o único caminho verdadeiro, aquele que conduzia ao labirinto final, onde se guardava o referido livro que não deveria ser lido. Ela era uma imagem do mundo. A biblioteca da Abadia é dominada pelo perverso e místico Jorge de Burgos, um inimigo do pensamento racional de Aristóteles e São Tomás. A ele se opunham os que desejavam a liberdade do saber e da investigação intelectual como o Frei Guilherme,responsável pela investigação dos crimes ocorridos na Abadia. O autor situa o cemitério da Abadia entre a igreja e a biblioteca. Entre a religião e o saber, estava a morte. Existiam dois caminhos que efetuavam a ligação entre a igreja e a biblioteca, entre a religião e o saber. O primeiro, que era visível, passava por entre os túmulos. O segundo, um caminho subterrâneo, secreto, passava por entre os mortos. O enigma da morte permitia entrar no labirinto, fornecia a chave de acesso, mas não a do seu segredo tão bem guardado. Enquanto Guilherme defende a razão, e com isso a completa liberdade em matéria de doutrina, o monge cego, Jorge,