Filosofia
Na obra Manual dos cursos de Lógica, na página 201, Kant define o juízo da seguinte forma: Um juízo é uma representação da unidade da consciência de diversas representações ou a representação da relação entre elas, na medida em que constituem um conceito. Percebemos de imediato que Kant apresenta uma definição formal do juízo visando, com isso, realizar uma articulação direta do juízo com o conceito. Um pouco mais à frente entenderemos as razões de Kant. Ora, se o juízo é uma representação da unidade da consciência, então não podemos deixar de observar no juízo duas coisas fundamentais que compõem esse tipo de representação: uma forma e uma matéria. Segundo Kant a primeira é uma espécie de determinação do modo como as representações diversas pertencem, enquanto tais, a uma consciência; por outro lado, a matéria são os conhecimentos dados que se ligam ao juízo para a unidade da consciência.
Notamos com isso que o filósofo se preocupa com uma tentativa de descrição formal dos componentes do juízo com vistas a preparação de uma semântica que possa garantir de uma maneira substancial a distinção entre os juízos