Filosofia
Tecnológica
É o ramo da filosofia que usa teses de filósofos como
Heidegger, Foucault e Horkheimer para discutir as questões éticas e políticas, o impacto nas culturas, a relação da tecnologia com o poder e aquelas que os homens acham que não governam mais. A Filosofia da Tecnologia é uma disciplina relativamente recente, pois data da segunda metade do século XX, beneficiando-se dos também recentes estudos de
História e Sociologia da Tecnologia. Anteriormente, não faltaram filósofos que meditaram sobre a técnica ou sobre a tecnologia (como José Ortega y Gasset e Martin Heidegger), porém, a constituição da disciplina ocorreu só a partir da década de 1970. Como assunto de reflexão, é possível identificar quatro aspectos da tecnologia : uma classe de objetos, um tipo de conhecimento, uma série de atividades e uma atitude do homem ante a realidade.
Ao olhar filosófico, a tecnologia suscita todo tipo de questões, a começar pelas ontológicas, isto é, as relativas ao ser da tecnologia. É ela uma "coisa", um processo ou o quê? Trata-se de algo real ou apenas de uma noção com que pensamos um conjunto de objetos, atividades e eventos? Há uma diferença essencial entre técnica e tecnologia? Qual é o ser dos artefatos? Como se diferenciam o natural e o artificial? Existe hoje em dia algo puramente natural? Como consequência dessas perguntas, torna-se mais aguda uma questão preexistente: o que é algo natural? Tem a tecnologia uma dinâmica própria? É por acaso autônoma (uma suposição suscitada pela aparente impossibilidade de mudar seu rumo e sobre a qual voltarei)? Determina a tecnologia os outros elementos da sociedade (economia, política, cultura)? É ela determinada por algum desses fatores, em particular?
Os objetos tecnológicos são muito variados. Tratam-se, como no caso da técnica, de artefatos, objetos feitos conforme um saber-fazer, uma arte
(tekhne, em grego), num leque que abrange de dispositivos (como um switch) a autômatos ou semiautômatos (robôs