FILOSOFIA
Todo processo de contratualização da sociedade advindo do contrato social resultou em grandes mudanças sociais como a socialização da economia, limites rígidos com critérios de inclusão e exclusão, nacionalização da identidade coletiva, e a politização do Estado. Entretanto, o contrato social vem sofrendo um período de desestabilização muito grande, refletido no grau de eficácia do poder disciplinar, na desorganização do direito social, nas mudanças de escala de fenômenos sociais, sendo já esperado um novo tipo de contrato, um contrato liberal, individualista, onde o Estado pouco interferirá.
Segundo o autor, há dois fenômenos chamados de pós contratualismo e pré contratualismo, que é a predominância dos processos de exclusão em vista dos de inclusão, reflexos da crise contratual moderna, do consenso econômico neoliberal, do consenso do estado fraco, deixando a cidadania cada vez mais desamparada, e aumentando, assim, a massa dos excluídos. Essa ocorrência gera uma crise paradigmática, uma situação de risco chamada de emergência do facismo societal.
Boaventura acredita que é preciso estar sempre buscando alternativas que visem o bom convívio em sociedade, com possibilidades democráticas, reinventar a democracia, como diz o título de sua obra em questão, seguindo os princípios de: um pensamento alternativo de alternativas; na necessidade de produção do conhecimento