Filosofia

1459 palavras 6 páginas
O racionalismo de Descartes
Retrato de René Descartes, Frans Hals, óleo sobre tela,
Museu do Louvre, Paris, c. 1649-1700

A busca da certeza
 O pensamento de Descartes é uma busca da certeza. Mas como havemos de entender a certeza?
 A certeza psicológica consiste no grau máximo de convicção.
 É subjetiva, pois caracteriza-se por um sentimento de confiança absoluta na verdade de uma proposição.
 A certeza epistémica consiste na justificação mais forte possível.
 É objetiva, pois a força de uma justificação não depende das opiniões ou dos sentimentos de cada um.
 Ao buscar a certeza, Descartes tem em vista sobretudo a certeza epistémica.

A dúvida metódica
“Notei, há já alguns anos, que, tendo recebido desde a mais tenra idade tantas coisas falsas por verdadeiras, e sendo tão duvidoso tudo o que depois sobre elas fundei, tinha de deitar abaixo tudo, inteiramente, por uma vez na minha vida, e começar, de novo, desde os primeiros fundamentos, se quisesse estabelecer algo de seguro e duradouro nas ciências.”

 Descartes sugere-nos aqui que, para encontrar a certeza, primeiro há que tentar pôr em dúvida tudo aquilo em que acreditamos.
 A dúvida é o método ou o meio para chegar à certeza.

Ilusões dos sentidos
 É através dos sentidos que formamos a generalidade das nossas crenças.
 Por isso, para pôr em questão muito daquilo em que acreditamos, basta encontrar razões para duvidar de que os sentidos são uma fonte de conhecimento.
 Descartes começa por argumentar:
 Os sentidos por vezes iludem-nos.
 Logo, não podemos confiar inteiramente nos sentidos.
 Descartes admite, no entanto, que algumas perceções sensíveis parecem não estar sujeitas à ilusão.

O argumento do sonho

 No entanto, acrescenta Descartes, alguns sonhos são tão vívidos que não é possível distingui-los, com toda a segurança, das perceções que temos enquanto estamos acordados.  Nunca podemos, pois, ter a certeza absoluta de não estar a sonhar enquanto julgamos estar a percecionar objetos.

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