Filosofia
A revolução do Romantismo, implicando uma desvalorização das poéticas neoclássicas, passou pela redefinição do conceito de Literatura. Foi a partir do Romantismo que o termo Literatura tendeu a aproximar-se do seu sentido atual, deixando de abarcar a totalidade do saber livresco e passando a designar uma forma específica de expressão e comunicação artísticas. Os limites do domínio da Literatura, entendida como conjuntos das obras que correspondem a esse específico fenômeno estético alargaram-se, passando a abarcar gêneros novos ou que anteriormente não eram considerados literários: no primeiro caso, enquadra-se o drama, o romance histórico, o romance de costumes; no segundo, a crônica jornalística e o conto popular. Paralelamente, muitos gêneros característicos do Neoclassicismo, como a tragédia, a écloga, ou as odes pindáricas e sáficas entraram em decadência.
O Romantismo foi um movimento cultural que surgiu inicialmente na Grã-Bretanha e na Alemanha, como relação ao culto da razão do Iluminismo.
O Romantismo está relacionado com o surgimento de um novo público leitor, os burgueses, que liam jornais vendidos a preço acessíveis. A elevação do poder de compra da classe média e um sistema de impressão de livros em escala industrial propiciaram o alargamento do mercado consumidor. A nova relação entre escritor e público provoca proximidade entre o artista e o consumidor, trazendo novos estilos, novos significados estéticos e novos gêneros literários. Em termos sociais, a nobreza perde o poder político e econômico, e a burguesia dita novos valores.
* Processo crescente de industrialização
* Importância da Revolução Francesa
* Ascensão da burguesia
* Oposição ao clássico
* A literatura torna-se mais popular
* Desenvolvimento de temas nacionais
* Exaltação da natureza pátria
* Criação do herói nacional (no Brasil? o índio)
* Exaltação do passado histórico: culto a Idade Média
* Supervalorização das emoções pessoais
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