Filosofia
Hoje tem sido comum se falar em educação emancipatória, avaliação emancipatória, processos emancipatórios, mas o que significa emancipação?
Emancipar-se, assumir a liberdade, não se sujeitar mais a outrem, seguir seu próprio caminho, desatar as amarras que prende e impede o homem de ser livre. A emancipação tem a ver com a assunção do protagonismo e tomada de decisões a partir de seus princípios e concepções.
Subjacente a esta idéia, ser emancipado pode ser a condição de andar com suas próprias pernas, não ser tutelado por interesses alheios, promover entendimentos e constituir opiniões sobre sua inserção no mundo.
Ao situar a natureza histórica desse conceito, percebemos que o sujeito emancipado tende a assumir propósitos de relações sociais, culturais e políticas que beneficia seus pares, combate as formas de exclusão, injustiças e negadoras de direitos.
Numa perspectiva histórica de análise, então, uma educação emancipadora hoje pressupõe desenvolver competências para criar condições para transformar processos e estruturas sociais, culturais, políticas e econômicas que exclui a maior parte da população de condições dignas de vida, mesmo perante tanto avanço das ciências e tecnologias de produção.
Ampliando a argumentação acima, o processo educativo emancipador é complexo, envolve diversas dimensões das relações de poder. Contudo, a emancipação tem a ver com a predisposição dos indivíduos para se perceberem como sujeitos de direitos, e que eles precisam ser conquistados com esforços próprios.
Enquanto atitude epistemológica emancipar-se é colocar o itinerário da razão a serviço de relações solidárias, onde homens e mulheres compartilhem intenções e ações que valorizem a vida. Mas, não somente a razão, ela deve ser acompanhada pela sensibilidade, aquele olhar para si e para o outro e imaginar o sentimento dele.
Isto indica que a emancipação serve, pois, para qualificar a vida, torná-la decente, reverter o quadro de iniquidades,