Filosofia
Muitas semelhanças e ao mesmo tempo distorções são nítidas nos pensamentos de Weber e Bourdieu, o fator temporal incide sobre esses pensadores, Max Weber viveu de 1864-1920, Pierre Bourdieu viveu de 1930-2002, são épocas, séculos e realidades diferentes, por mais que eu admire, respeite e concorde com os pensamentos de meu avô, que era um sábio ao meu ver, quando utilizo a sabedoria que ele me passou, tenho que adaptá-la as circunstâncias sociais, políticas e econômicas de cada momento, pois a própria globalização faz com que mudemos de opinião constantemente, pois novos conceitos estão vindo à tona a todo momento.
Acredito que esse fenômeno aconteceu entre eles, pois ambos colocavam a escola como sendo a melhor maneira de conquistar uma vida melhor, mas a questão do capital cultural, incide muito sobre o resultado final a ser produzido pelo aluno, ambos enxergavam na educação uma oportunidade de disputar o poder.
Para Weber (1984, p.43), o conceito de poder é sociologicamente amorfo, havendo uma série de circunstâncias que colocam uma pessoa na posição de impor sua vontade devendo, portanto, o conceito de dominação ser mais preciso: dominação é a probabilidade de que um mandado seja obedecido. Segundo Weber, o poder é: (...) a possibilidade de que um homem, ou um grupo de homens, realize sua vontade própria numa ação comunitária, até mesmo contra a resistência de outros que participam da ação. (Weber, 1982, p.211)
Para Bourdieu, o poder é uma forma transformada, irreconhecível, transfigurada e legitimada das outras formas de poder. As leis de transformação que regem a transmutação de diferentes espécies de capital em capital simbólico e, em particular, o trabalho de dissimulação e transfiguração que assegura uma verdadeira transformação das relações de força, que transformam essas forças em poder simbólico, capaz de produzir efeitos reais, sem gasto aparente de energia