Filosofia
SÊNECA, Lúcio Anneo. Da Felicidade. L & M Pocket: Porto Alegre, 2009. Fichamento
Todos os homens, caro Galião querem viver felizes. Devemos determinar, por isso, em primeiro lugar, o que desejamos e, em seguida, por onde podemos avançar mais rapidamente nesse sentido. No entanto, se perambularmos daqui para lá sem seguir outro guia se não os rumores e os chamados discordantes que nos levam a vários lugares, nossa curta vida se consumirá em erros, ainda que trabalhemos dia e noite para melhorar o nosso espírito. Quanto mais frequentado e mais conhecido que seja o trajeto, maior risco de ficar à deriva. (SÊNECA, 2009, p. 91)
Busquemos as coisas boas, não na aparência, mas sólidas e duradouras, mais belas no seu interior. A felicidade é, por isso, o que esta coerente com a própria natureza, aquilo que não se pode acontecer além de si. (SÊNECA, 2009, p. 94,95)
Nada nos impede, na verdade, de dizer que a felicidade consiste em uma alma livre, sem medo e constante, inacessível ao temor e à ganância, é a desonestidade sendo todo o restante um aglomerado de coisas que não retiram ou acrescentam nada à felicidade da vida. (SÊNECA, 2009, p. 97)
Todos os erros, do conhecimento da verdade irão surgir uma grande alegria, a afabilidade. Ponha no mesmo nível os homens os quais a natureza obtusa e a ignorância de si mesmos os reduzem ao conjunto dos animais e das coisas inanimadas, pois ninguém pode ser chamado de feliz estando distante da verdade. (SÊNECA, 2009 p. 98)
Por tanto podes declarar resolutamente que o supremo bem é a harmonia da alma, porque as virtudes devem estar onde estão a harmonia e a umidade; os vícios são aqueles que discordam. (SÊNECA, 2009, p. 103)
Afirmo, claramente, que a vida que eu chamo agradável não deve ser outra se não a que esteja ligada à virtude. (SÊNECA, 2009, p. 105)
Aqueles que tenham se entregue ao comando do prazer enfrentarão duas dificuldades. Primeiro, perdem a virtude e não têm o prazer, pois por eles são