Filosofia
Basicamente a metodologia de Bacon se divide na seguinte forma:
"A teoria da indução, tal como exposta no Novum Organum, distingue inicialmente experiência vaga e expiriência escriturada. A primeira compreende o conjunto de noções recolhidas pelo observador quando opera ao acaso. A segunda abrange o conjunto de noções acumuladas pelo investigador quando, tendo sido posto de sobreaviso por determinado motivo, observa metodicamente e faz experimentos e o ponto de partida para a constituição das tábuas da investigação, núcleo de todo método baconiano". (BACON; ANDRADE, 1999, p. 14).
Partindo do conceito de tábuas da investigação, estas se classificam da seguinte forma:
"A primeira tábua de investigação é a de presença ou afirmação. Nela são colocadas todas as instâncias de um fenômeno que concordem por apresentar as mesmas características. Se o problema investigado for, por exemplo, o calor, é necessário estudar os casos em que ele se apresenta, como a luz do sol, as labaredas do fogo, a temperatura do sangue humano, e assim por diante". (BACON; ANDRADE, 1999, p. 14).
"Para Bacon, a verificação das ocorrências positivas de um fenômeno não, é contudo, suficiente para fornecer seu perfeito conhecimento. Impõe-se verificar também aqueles casos em que o fenômeno não ocorre. Constrói-se, assim, a tábua das ausências ou da negação. Assim, em relação ao calor, seria necessário conhecer e atentar para fenômenos como o dos raios de luar ou o do sangue frio e animais mortos". (BACON; ANDRADE, 1999, p. 14).
"A terceira tábua é das graduações ou comparações, que consiste na anotação dos diferentes graus de variação ocorridos no fenômeno em questão, a fim de se descobrirem possíveis correlações entre as modificações". (BACON;