Filosofia
Em sua obra “O existencialismo é um humanismo”, Sartre opõe-se às críticas que os cristãos e os marxistas lhe fazem. Esses o acusam de isolar o homem trancando-o numa subjetividade egoísta e burguesa; incitar o homem ao quietismo num mundo absurdo totalmente desprovido de sentido; acentuar o lado sórdido da existência humana; libertar o homem de quaisquer condicionamentos morais, pela eliminação de Deus que é a fonte de todos os valores.
A “resposta” de Sartre aos críticos foi elaborada por meio da definição de um humanismo existencialista. O filósofo procura deliberadamente distanciar-se das noções tradicionais relacionadas tanto à vertente cristã quanto ao de viés marxista, negando uma metafísica em ambos os casos. Ao negar a vinculação necessária da subjetividade a valores transcendentais e históricos, passa a adotar uma postura solipsista. O sujeito sartreano não poderia escapar à total liberdade e, consequentemente, à absoluta gratuidade de suas ações.
À crítica de pessimismo, por ressaltar o lado sórdido da vida, ele responde com a tese da "dureza otimista”, ou seja, consiste em responsabilizar o homem pelo que ele é como soma de todos os seus atos. Sartre conclui que "não há doutrina mais otimista visto que o destino do homem está em suas mãos". À crítica de que "sem Deus o homem está livre para ser o que quiser", ele responde com o princípio moral kantiano, segundo o qual deve o homem agir de modo que possa a humanidade se regular pelos