filosofia
Argumentação e demonstração
A argumentação retórica difere significativamente da demonstração.
As demonstrações são argumentos dedutivamente válidos cujas premissas são verdades estabelecidas.
Na argumentação retórica admitem-se premissas meramente prováveis, desde que pareçam verosímeis ao auditório.
Além disso, a conclusão dos argumentos retóricos não é deduzida explicitamente das premissas. De modo a facilitar a adesão do auditório, recorre-se a exemplos isolados e suprimem-se premissas.
Manipulação e persuasão
Podem distinguir-se dois usos da retórica: a manipulação e a persuasão racional.
A manipulação corresponde ao uso da retórica em que as limitações da racionalidade do auditório são vistas como uma oportunidade a explorar. Quando faz este uso da retórica, o orador tenta tirar partido das fraquezas do auditório de modo a persuadi-lo de uma forma enganadora.
A persuasão racional corresponde ao uso da retórica em que as limitações da racionalidade do auditório são vistas como um obstáculo a ultrapassar. Quando faz este uso da retorica, o orador tenta suplantar as limitações do auditório, argumentando com clareza e esforçando-se por persuadi-lo com base em razões, sem manobras enganadoras.
Principais características do discurso da propaganda política
. Dirige-se a vários auditórios particulares.
. É sedutor.
. É muitas vezes manipulador e demagógico.
. Utiliza como técnicas discursivas as interrogações retóricas, as expressões ambíguas e as repetições.
. Reforça opiniões prévias.
. Forma e é formado pela opinião pública
Principais características do discurso publicitário
. É dirigido a um auditório específico;
. Tenta responder a necessidades, mas também as cria;
. Propõe de forma condensada uma visão do mundo (sistema de valores);
. É sedutor, pois dirige um apelo específico à sensibilidade/emoção;
. Faz promessas veladas;
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