Filosofia
marca do lnmetro, normas técnicas...
Se você não leva isso em conta na hora de comprar materiais de construção, está apoiando as indústrias irresponsáveis. Quer um consolo? Você não é o único...
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Numa manhã de sábado, Rosa, Valdemir e eu encorpamos a multidão que escolhe o final de semana para passear nos honre centers. Cada um de nós mora em uma cidade, mas os três tinham a tarefa de descobrir quais produtos ostentavam a marca Inmetro na embalagem e que informações os lojistas davam sobre ela. Não que aquele N azul do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial seja a única referência para se chegar a um bom produto (veja por que na página seguinte). No entanto, para nós era o que havia de mais imediato e certo sobre qualidade. Afinal, a empresa só pode ostentá-lo se tiver submetido seus produtos à avaliação de laboratórios isentos.
"Inmetro?! Ah, não. Não precisa disso, não. Só quando o produto dá problema e, então, tem que ser testado na televisão", disseme um vendedor da loja Leroy Merlin, em São Paulo. Curiosamente, estávamos em frente a um produto com certificado de conformidade. Mas a tal alusão aos testes não fica exposta no display porque, embora signifique vantagens como durabilidade, reposição mais fácil, garantias em caso de defeito, o consumidor ainda não liga uma coisa à outra. O selo não é um diferencial de venda.
Valdemir, lá em Salvador, viveu uma experiência parecida.
Disse-lhe, orgulhoso, o vendedor Julival Carneiro Rosa, da loja
Detalhe: "Quando alguém vem comprar na minha mão não pergunta de selo de qualidade porque sabe que está garantido". Chegamos ao segundo sinal desta reportagem: para o comprador, qualidade não é dever do fabricante, mas do vendedor. Alguns setores,
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°`Sss.~.sr?'gi wm* r.:~ í como o de revestimentos cerâmicos, vem trabalhando para estabelecer melhor os direitos e deveres da indústria e do varejo (veja experiência do Centro