filosofia
É pela conclusão da própria existência que Descartes proclama a autonomia do sujeito, ou seja, com o cogito ele desloca o conhecimento para o sujeito. O sujeito moderno passa a ser um sujeito autônomo, todo-poderoso. A existência é conseqüência do pensar, pois o que distingue os homens é a posse da razão, instrumento universal que permite a estes entenderem-se.
O homem tem o poder de dominar a natureza por meio de suas ações. Não está sob o jugo da natureza, mas ao contrário, encontra-se na condição de seu senhor. De escravo da natureza, o homem passa, agora, a ser seu mestre e possuidor. O cogito cartesiano nos remete a exaltação do eu subjetivo. Sujeito auto-suficiente. O sujeito tem a capacidade, o poder de modelação, de dominação que é garantida pela utilização, pela mediação da razão. A razão dá ao homem a capacidade de dominar o mundo, especialmente através da técnica e da ciência.