Filosofia

O sistema prisional quebra e a sociedade financia o conserto.

Terminou bem a rebelião deflagrada na Nelson Hungria no dia 22 de fevereiro.
A revolta dos presos iniciou no dia 21 último, por volta das 09h00.
Os presidiários têm sim o direito de reivindicar seus direitos e mostrar sua revolta contra o sistema judiciário, que é moroso no julgamento dos casos existentes, que se acumulam a cada dia nos fóruns.
Pelas imagens mostradas vemos que os rebelados estavam dispostos a tudo para obter êxito nas suas exigências, inclusive sendo bem contundentes nas ameaças aos reféns.
A mídia já nos apresentou o desfecho feliz da rebelião, mas creio que o fato deva ser visto por outro ângulo neste momento.
O direito dos presidiários é líquido e certo, isto é inegável, mas imagine se cada um de nós resolvesse cobrar nossos direitos destruindo o patrimônio público a cada revolta, deixando assim que a sociedade reconstrua tudo aquilo que foi destruído?
Esse é o ponto. A cada rebelião, a cada cobrança legítima de direito, os presídios são destruídos e tudo o que há dentro dele vira cinzas nas mãos dos detentos.
Quando aqueles que são “livres” perdem seus bens conquistados com tanto suor em enchentes, incêndios ou outros desastres, naturais ou não, dificilmente ou quase nunca são ressarcidos do prejuízo que tiveram.
Infelizmente os presidiários querem como “direito” o que poucos trabalhadores assalariados têm e o que nos assusta é que conseguem!
Já tivemos notícias de rebelião porque a carne das refeições era repetida, porque o banho de sol é pouco, porque os encontros íntimos só podem ser com a mulher “oficial” e outros absurdos que são exigidos. A verdade é que os detentos não querem entender ou aceitar que ELES ESTÃO CUMPRINDO PENA e não passando uma temporada em um resort.
O sistema penitenciário brasileiro deveria seguir os exemplos de outros países, onde banhos de sol são cedidos a quem merece e possui bom comportamento, onde as visitas familiares são monitoradas e