Filosofia
Viver não é percorrer um caminho já traçado. Viver é construir a cada momento sua própria existência. Isso requer valores, concepções, conhecimentos, qualidades, influências e condicionamentos de todas as espécies. Posso segui-los passivamente tal qual um autômato ou um sonâmbulo ou refletir em profundidade sobre a linha dessas concepções, valores ou condicionamentos.
Assim, ainda que confusamente, cada um de nós tem definitivamente a sua filosofia. E poderá segui-la inconscientemente, ou refletir sobre os seus fundamentos, como um homem que filosofa.
Discordando de um velho provérbio norte-americano que afirma: Philosophy makes no bread, podemos definitivamente afirmar que sem alguma filosofia, nunca teríamos um pedaço de pão. Nenhuma migalha sequer. Pois o fato de fazer pães implica uma posição sobre o problema filosófico do valor da vida. A vida vale a pena ser vivida? Como devo nutrir a vida?
Enfim as funções da Filosofia são precisamente a de procurar responder ou aclarar os grandes problemas que os homens colocam para si mesmos nos momentos de reflexão.
As funções da Filosofia do Direito é expor crítico-valorativa da experiência jurídica, na universalidade de seus aspectos mediante a indagação dos primeiros princípios que informam os institutos jurídicos, os direitos e os sistemas. Portanto, a Filosofia do Direito é saber crítico a respeito das construções jurídicas erigidas pela Ciência do Direito e pela própria práxis do Direito, buscando os fundamentos do Direito, seja para cientificar-se de sua natureza, seja para criticar a base de suas estruturas e do raciocínio jurídico, provocando as vezes, fissuras no conhecimento jurídico construído.
A filosofia é, assim, não apenas importante, mas sinceramente inevitável. E na boa expressão de Maritain: “o homem faz Filosofia até quando respira”.
O vocábulo “filosofia” possui diversas significações e é usado em diferentes acepções nos idiomas modernos.