Filosofia
8º Semestre
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
Profª Juliane Vargas
AULA 9
FILOSOFIA MODERNA: A filosofia política do liberalismo e a tradição iluminista (Hobbes, Locke, Rousseau) – Parte 2
2º Semestre 2010
Fonte: Iniciação à história da Filosofia / Danilo Marcondes, 12ª edição, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2008.
A filosofia política do liberalismo e a tradição iluminista
O Liberalismo político
A valorização da livre iniciativa e da liberdade individual no campo da política e da economia.
Na teoria política a natureza humana é considerada a base dos direitos e liberdades do indivíduo e o ponto de partida da construção de uma nova ordem social em oposição ao mundo feudal, à ordem teocrática medieval e à monarquia absoluta. Há, nessa concepção de natureza, um novo fundamento, tanto do conhecimento quanto da moral e da política.
O problema central do liberalismo e da discussão política desse período parece ser assim a necessidade de conciliar as liberdades e os direitos individuais, concebidos como inerentes à própria natureza humana, com as exigências da vida em comunidade e, portanto, com o respeito ao direito do outro, imprescindível para o equilíbrio da vida social.
No início do período moderno, a dissolução da ordem feudal, a contestação do poder temporal da igreja e o combate à monarquia absoluta e ao estado centralizado, surgido principalmente na França do século XVII, criam a necessidade da busca e discussão de um novo modelo de ordem social, de organização política, de legitimação do exercício do poder, representado pelas teses dos teóricos do liberalismo e do contrato social. Essa discussão leva ao surgimento da democracia representativa e do sistema parlamentar, ao estabelecimento de constituições e cartas de direitos civis.
Hobbes
O filósofo inglês, Thomas Hobbes (1588-1679), não pode ser considerado propriamente um pensador liberal, embora seja fortemente individualista. Sua obra teve