Filosofia
Quase todas as pessoas têm um sentimento de desânimo diante do trabalho. A própria palavra trabalhar deriva do latim tripaliare, que nomeava o tripálio, um instrumento formado por três paus, próprio para atar os condenados ou para manter presos os animais difíceis de ferrar. A origem comum identifica o trabalho à tortura.
2. A humanização pelo trabalho
Por mudar conforme a época e o lugar, a cultura humana “faz história”, isto é, as gerações conservam certas práticas aprendidas e modificam outras. É pelo trabalho que a natureza é transformada; surgem as instituições como a família, o Estado, a escola; obras de pensamento como o mito, a ciência, a arte, a filosofia.
O ser humano se faz pelo trabalho, com ele ninguém permanece o mesmo, porque ele modifica, enriquece a percepção do mundo e de si próprio.Como condição de humanização, o trabalho liberta, ao viabilizar projetos e concretizar sonhos. Ele será a possibilidade da superação dos determinismos. Nesse sentido, a liberdade humana não é dada, mas resulta da ação humana transformadora.
Nem sempre, porém, prevalece essa concepção positiva, sobretudo quando as pessoas são obrigadas a viver do trabalho alienado, que resulta de relações de exploração.
3. Ócio e negócio
Nas sociedades tribais, as pessoas dividem tarefas de acordo com sua força e capacidade. Como a divisão das tarefas se baseia na cooperação e na complementação e não na exploração, tanto a terra como os frutos do trabalho pertencem a toda comunidade.
Para Rousseau, a desigualdade surgiu quando alguém, ao cercar um terreno, lembrou-se de dizer “Isto é meu.”, criando assim a propriedade privada. Nesse momento, abriu-se caminho para a divisão social, as relações de dominação e a desigualdade apropriação dos frutos do trabalho. A divisão entre aqueles que mandam e os que só obedecem e executam é chamada de dicotomia (divisão em duas partes) entre a concepção e a execução do trabalho.
Há aqueles que até hoje admitem ser