Filosofia

1- Campo simbólico:
Bourdieu trabalha com o conceito de representações. São argumentos, ou discursos de grupos sociais ou instituições. Quando analisa uma situação dentro da empresa, por exemplo, dirá que existe uma luta de representações ou um campo simbólico. O que seria? Uma disputa estabelecida entre sujeitos que tem funções diferentes na empresa; tem cultura diferente e se posicionam para defendê-la de forma diferente. Na sociedade, a cultura material se forma em função desta disputa. É o religioso com o econômico, com o político, e assim por diante.

2- A função de uma ordem institucional é “materializar” uma representação ou um discurso simbólico. Quando olhamos para um templo, devemos enxergar a teologia como saber ou discurso; quando olhamos a universidade, devemos perceber a sua utilidade social; o curso de contabilidade, devemos enxergar o seu compromisso social e assim por diante.

3- O sujeito se comportar na forma de disputa. Não se trata de uma “briga”, mas de posições diferentes e compreensões diferentes. Nunca o funcionário poderá ter a mesma compreensão do proprietário, porque proprietário não é. Se for, poderá mudar sua forma de compreender. E não se trata de uma visão melhor que a outra, mas de posição social.

4- O poder para Foucault está fora destas estruturas defendidas por Bourdieu. Ele não depende de estar localizado em uma chefia, no Estado, numa norma, embora sem duvidas, ele existe. Mas uma lei não tem poder por si mesma, a não ser que alguém a execute, ou apela a ela. Então, o que conta é o ato de vontade, a determinação do sujeito. Isto é o poder: um jogo estabelecido pelas pessoas em busca de dar soluções para problemas que lhes atinge.

5- É um conceito usado por Foucault. Significa que a vontade de poder foi disseminada em toda a sociedade, especialmente a sociedade capitalista. Na passagem do feudalismo para o capitalismo, foi necessário um grande investimento em disciplina social. Ou seja, disciplinar as pessoas para o