Filosofia e sociologia
Dou um exemplo claro: hoje a humanidade poderia trabalhar muito menos horas por dia (ou por semana), tendo um tempo ampliado fora do trabalho, capaz de se converter autenticamente em tempo livre. Mas para isso é imprescindível quebrar a lógica do capital, do mercado, do dinheiro, o que recoloca no centro do debate a questão de estruturar um movo modo de vida, um novo sistema de metabolismo social que reponha o tema vital do socialismo. Uma breve mirada pelo cenário atual aponta para um século XXI com alta temperatura nas confrontações entre a totalidade do trabalho social e a totalidade do capital global, em suas multiplicidades de formas, em sua grande maioria articulando interesses de classe, gênero, etnia, gerações, que estamos vivenciando hoje em praticamente todos os continentes, da Ásia à Europa, do Oriente Médio à América Latina e à África, com suas particularidades e singularidades. Tudo muito distante do que o grotesco Fukuyama um dia chamou de fim da história. Não concordo com a tese da transformação da ciência na principal força produtiva e muito menos de que ela seja autônoma. Esta concepção desconsidera um elemento essencial dado pela