Filosofia e obesidade
Hoje a obesidade é um dos grandes problemas de saúde pública mundial; o acúmulo de gordura corporal é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), só na Europa morrem todos os anos cerca de 250 mil pessoas em decorrência dos maus hábitos alimentares. No Brasil, 27 milhões de pessoas estão acima do peso.
1) O diagnóstico médico de compulsão alimentar
O transtorno de compulsão alimentar deve ser diagnosticado por um profissional qualificado, de acordo com os critérios de saúde mental reconhecidos. Estes critérios de diagnóstico incluem episódios cíclicos de alimentação em excesso e sensação de perda de controle durante os episódios, bem como episódios de compulsão alimentar com pelo menos três das seguintes características: comer depressa, comer até atingir mal-estar físico, comer quando não se tem fome, comer sozinho ou ter sentimentos de vergonha e culpa em relação à alimentação. Outros critérios incluem expressão de ansiedade ou angústia em relação à ingestão compulsiva, episódios de voracidade que ocorrem pelo menos duas vezes por semana durante um período mínimo de seis meses e compulsão alimentar sem recurso posterior a um método de purga (vómito auto-induzido, exercício excessivo, etc).
Habitualmente, não são usados medicamentos para tratar o transtorno de ingestão compulsiva, apesar de poderem ser usados supressores de apetite com controle médico e alguns medicamentos, como anti-depressivos, para o tratamento de condições associadas.
2) A tradição cartesiana
A rés cogitans e a res extensa como representantes da tradição do olhar sintomatológico e o rebaixamento dos fatores psicológicos.
3) 2) E o sujeito?
O sofrimento humano, em face da compulsão alimentar, não ocorre no neurônio mas no sujeito. Portanto, não podemos considerar apenas uma ação física visando amenizar a angústia, como também a ação do psiquismo.
4) Outras áreas também podem