Filosofia resumo
Kant e o Apriorismo Para Kant, o conhecimento implica: a existência de dados da experiência (de sensações) e de uma capacidade de apreender informações; que a nossa mente não seja considera uma espécie de “cera” passiva que se limite a gravar essas informações; que a nossa mente seja concebida como um conjunto de dispositivos (intuições puras, ao nível da sensibilidade; categorias ou conceitos puros, ao nível do entendimento) que funcionariam como um programa onde essas informações são recebidas e interpretadas, isto é, “formatadas”; que não exista nenhuma maneira de percepcionar e explicar os dados fora dessa “formatação” (tal como não há maneira nenhuma de conceber a forma da água, independentemente da forma do vaso onde está contida); que as condições na nossa razão, os seus dispositivos estruturais, influenciam todas as nossas experiências e, por isso, a nossa razão (na linguagem kantiana, a sensibilidade – faculdade de receber dados ou matéria – e o entendimento – faculdade de organizar esses dados e produzir o conhecimento) contribui para determinar a nossa concepção do mundo. Kant vai ligar as contribuiões de Descartes e de Hume, defendendo que o conhecimento tem duas fontes, uma racional (as categorias do entendimento) e outra empírica (as intuições sensíveis), pois pressupõe dados sensíveis e formas ou modos de organizar e processar esses dados. Os dados vêm da experiência e as formas de organização fazem parte da estrutura do entendimento do sujeito, mas não são ideias inatas pois são sem conteúdo. Em suma, nem o racionalismo nem o empirismo são respostas totais aos problemas que pretendem resolver. O racionalismo opõe-se ao empirismo, e a doutrina empírico-racionalista representa uma tentativa de estabelecer a mediação entre estas duas, afirmando que o conhecimento se deve à comparticipação da experiência e da razão. O conhecimento resulta da aplicação das formas próprias do entendimento (que são independentes da experiência ou “a