Filosofia politica conteporanea
Falar de filosofia politica contemporânea sem referir a Hegel é procurar dificultar a compreensão da filosofia política da nossa época.
A filosofia do estado de Hegel resume-se a subordinação do individuo ao Estado, no qual este se desenvolve em nome de uma ordem suprema, a ideia absoluta que norteia as outras inteligências e vontades, legitimando-se, desta maneira, o regime ditatorial. Quer dizer, para Hegel, o individuo, no Estado, é um simples objeto e não o sujeito do seu destino. A sua vontade é sufocada pela vontade do Estado e o individuo perde a sua liberdade.
É este factor que será contestado pelos liberais. Quando Hegel morre, em 1831, os seus discípulos começaram a discutir se o Estado prussiano de então, com as suas instruções e realizações económicas e sociais, deveria ser considerado o momento da síntese dialéctica, como a realização máxima da racionalidade do espírito.
Uns afirmavam, enquanto outros negavam. Estes últimos invocavam a teoria da dialéctica para sustentar que não era possível deter-se naquela configuração politica e que a dialéctica histórica devia negá-la para a superar e realizar uma racionalidade mais elevada (de acordo com o método dialéctico de Hegel).
O alemão David Strauss designou estas duas elas por esquerda e direita hegeliana, em 1837, termos usados por parlamento francês para referir ao espirito reformista e o espirito reformista conservadorista defendido por uma das alas, respectivamente. A esquerda e a direita política constituem, respectivamente, os partidos socialistas ou comunistas e os partidos capitalistas