filosofia moral
Podemos dizer, com base nos textos de Platão e de Aristóteles, que, no Ocidente, a ética ou filosofia moral inicia-se com Sócrates
2 Sócrates incomodava os atenienses ao indagar sobre a sua origem e a essência das virtudes que acreditavam praticar ao seguirem os costumes. Questionava como e por que os gregos sabiam que uma conduta era boa ou má, virtuosa ou repleta de vícios.
3 Práxis significa atividade e ação. Foi Aristóteles que consagrou a práxis como um termo filosófico, para assim poder designar as ações intransitivas ou morais que têm em si mesmo um sentido completo ou pleno, como, por exemplo, a ação de ver, julgar, dançar, etc. Em sua oposição existem as ações transitivas que têm a sua conclusão numa obra exterior, tais como construir, pintar, cozinhar, etc.
Para o neoplatonismo, a práxis consiste na ação humana produtiva, envolvendo todos os trabalhos manuais e toda a atividade humana, mas vista como sendo uma atividade básica e consequentemente inferior, pois mantém o homem aprisionado na sua condição material de existência. Só o cristianismo tentou dignificar e promover o desenvolvimento destas atividades.
Na Filosofia ocidental, a práxis seria uma característica essencial do materialismo dialético professado pelo marxismo. Mais tarde, Marx afirma que a realidade é uma produção da atividade concreta do homem e não uma atividade pensante, como os idealistas defendiam. Assim, Marx vai transferir o princípio da práxis, da conceção abstrata do espírito, para a atividade humana material e social concreta de transformação da realidade objetiva da natureza, da sociedade e do próprio homem. A práxis passa então a designar as atividades industriais, as relações sociais, etc. A atividade humana torna-se a reconciliação da teoria e da práxis. Toda a teoria é