Filosofia Moderna e Contemporânea: BERLIN, I
O sentido fundamental da Liberdade é a liberdade dos grilhões.
Antecederam a BERLIN, Filósofos importantes que também abordaram o tema “Liberdade”. Dentre outros, podem ser citados Thomas Hobbes (1588 – 1679 – Inglaterra) que no distante ano de 1651, já descrevia em sua obra máxima “O Leviatã” a relação entre a Liberdade e o Poder do Estado. Ou, tempos depois, Soren Kierkegaard (1813 – 1855 – Dinamarca) que aludiu ao fato de que a nossa Liberdade é um dos motivos de nossa infelicidade (inclusive por prevermos que arcaremos com as consequências por nossas escolhas); ou, na Modernidade, John Stuart Mill (1806 – 1873 – Inglaterra) que mencionou a diferença existente entre a Liberdade relativa à coerção exercida por alguém e a Liberdade para pensar e agir conforme nossas crenças e interesses. Ou, ainda, na Contemporaneidade, o psicanalista Erich Fromm que explora a noção de Liberdade Positiva e Liberdade Negativa.
A Isaiah BERLIN coube acrescentar novas luzes ao assunto, pois a pergunta “o que significa ser livre?” está longe de ser respondida satisfatoriamente.
Antes de tudo, convém analisarmos os termos “Liberdade Positiva” e “Liberdade Negativa”, por serem fundamentais no Ideário de BERLIN, ainda que ele não seja o autor desses Conceitos.
Liberdade Negativa – Chamada de Negativa, por estar associada ao vocábulo “Não”; ou seja, não estar acorrentado a uma rocha, não estar preso em uma penitenciária, ou em outro cativeiro (legal ou ilegal) etc. É ser livre de obstáculos externos. É a Liberdade que se tem em relação a alguma outra coisa ou pessoa. Para BERLIN é o “nosso sentido fundamental de Liberdade”. Contudo, para o erudito, essas definições não esgotam o termo, já que para ele quando a mencionamos