Filosofia medieval
O período Medieval iniciou-se no século V após a queda do Império Romano, terminando no século XV com a queda de Constantinopla no Oriente. As sucessivas invasões bárbaras foram, lentamente, propiciando o ambiente necessário para que a religião surgisse como a agregadora de diversos reinos, até culminar como soberana absoluta da vida espiritual do mundo ocidental [1].
Num momento histórico em que sociedade tinha na fundamentação religiosa as bases para os princípios morais, políticos e jurídicos [2], desenvolveu-se a filosofia dita Medieval, impregnada de valores sacros, influenciada principalmente por Platão (em especial, o neoplatonismo, vindo de Plotino – século VI D.C.) e Aristóteles, teve como grandes expoentes nomes tais quais São Tomás de Aquino, Santo Angostinho, Averrois, Avicena, Moisés Maimônedes, Santo Alberto Magno, dentre outros.
Desenvolvimento * Formação
A despeito da má impressão causada pelo termo Filosofia Medieval em decorrência de sua origem (Idade Média) [3], compreende-se como embrião desta corrente filosófica o contexto histórico da época: a religião como mola propulsora do conhecimento e mais especificamente o cristianismo como principal influenciador dos escritos da época, muito embora, esta corrente filosófica abranja, além de pensadores europeus, filósofos árabes e judeus. * Divisão
Historicamente, divide-se a Filosofia Medieval em: * Patrística [4], que tem início ainda no período de decadência do império romano. Essa vertente da filosofia expõe racionalmente a doutrina religiosa e encontra-se contida nos trabalhos dos intitulados padres da igreja, cujas principais preocupações são: relação entre fé e ciência; natureza de Deus e da alma; e vida moral. Além disso, a filosofia patrística retoma a filosofia platônica baseando-se na predileção do suprassensível contribuindo para a fundamentação da necessidade de uma ética rigorosa; * Escolástica, surge a partir do século IX como consequência do