Filosofia em Hegel
Para melhor compreender a filosofia no contexto de Hegel, faz-se necessário conhecer o contexto histórico vivido pelo filósofo. Hegel é alemão, de tradição idealista, contemporâneo das revoluções européias, onde o Estado absolutista e as relações feudais eram predominante na maioria dos países, tal período foi de forte influencia dos ideais iluministas, culminando com a Revolução Francesa.
O pensamento de Hegel tem base nas transformações, para ele era fundamental compreender as mudanças que pautam esse mundo, justamente por ter vivido em período de forte transformação histórica, nos dizeres do próprio filósofo “ Cada um é filho do seu tempo”, acreditando que também dessa forma ocorria com a Filosofia, sendo o homem incapaz de pensar além do tempo em que vive, dessa forma, qualquer pensamento que ultrapasse a barreira do contemporâneo não passa de uma opinião, de um dever ser.
Hegel baseia a Filosofia na própria realidade sob uma perspectiva de totalidade, afirmando: “A missão da filosofia está em conceber o que é, porque o que é é a razão”. Uma das grandes contribuições do filósofo foi na dialética, onde traz o conflito real entre os opostos de tese e antítese, tendo o auge na síntese que é a superação do conflito, que, seguindo o pensamento de Hegel, só pode ser alcançado por meio do processo histórico, uma vez que a síntese é algo novo, não explanado anteriormente, e ao mesmo tempo fruto das mudanças empreendidas pelo tempo.
O filósofo rompeu com o pensamento predominante de sua época e definiu o Estado como fundado em sua própria substancialidade, esclarecendo que não guarda compromisso com as vontades individuais, dessa forma, mostrando-se avesso ao individualismo e ao contrato social e considerando o Estado incontestavelmente superior aos indivíduos e sociedade civil.
Hegel pontua o Estado como uma individualidade com necessidades e interesses próprios, sendo representado como instancia superior ao povo, devendo ele, sintetizar os