Filosofia do direito
Faculdade de Direito do Largo de São Francisco
Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito
Filosofia do Direito I
Professor José Reinaldo de Lima Lopes
Seminário 1
Realidade e Objetividade Institucional
John Searle
SEARLE, J. A estrutura do universo social: como a mente cria uma realidade social objetiva. In:______. (Org.). Mente, linguagem e sociedade: filosofia no mundo real. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. p. 105-125.
Mariana Castro n° USP:
Sala:
Problemática central do texto: O autor tenta encontrar a resposta para a seguinte pergunta: como seria possível explicar a existência de uma realidade social epistemologicamente objetiva “ “que seja constituída por um conjunto de atitudes ontologicamente subjetivas”?
Ainda que as palavras “difíceis” supracitadas sejam claras para o leitor atento do texto proposto, permito-me tentar traduzí-las em uma sentença, digamos, um pouco mais clara e acessível. Neste sentido, a nosso ver, o autor tenta explicar o fato de como criações [institucionais], que aparentemente dependem de julgamentos subjetivos humanos (como o conceito de dinheiro, política, presidente, etc.) para existirem, parecem à mente humana uma realidade tão objetiva [e pura] quanto a geologia, a fotossíntese, etc., os quais são conceitos independentes de julgamentos humanos para que sejam considerados como parte de um dado mundo/existentes.
A problemática aqui proposta é claramente apresentada no texto em, pelo menos, duas passagens, a primeira no segundo parágrafo da página 107 e a segunda no terceiro parágrafo da página 110.
Argumento principal do autor: Para solucionar a problemática, o autor se baseia no seguinte argumento: os fenômenos institucionais podem ter uma existência epistemologicamente objetiva, embora sua ontologia seja dependente dos seus observadores, pois aceitamos (“nós” em sentido de uma comunidade, uma sociedade, etc.) que assim seja e, mais, aceitamos que