Filosofia do Direito Atraves dos textos classicos
Filosofia do Direito através dos textos clássicos: modernidade.
Maquiavel observou que o estadista deve contar, para ter sucesso, com sua própria capacidade pessoal, sua determinação ferrenha. Deve dirigir sua energia para um determinado objetivo. A essas qualidades Maquiavel denominou Virtú.
Também observou que o estadista, ou político, não poderá garantir-se apenas com suas qualidades pessoais, intrínsecas. Deveria contar também com a sorte (para o bem ou para o mal), a oportunidade, o acaso, ou, como preferem alguns, o destino. Ao imponderável, Maquiavel referia-se como Fortuna.
A dialética entre Virtú e Fortuna seria capaz de explicar o sucesso ou ou fracasso de projetos de poder. Em função das idéias defendidas no livro “O Príncipe”, o termo “maquiavélico” passou a ser usado para aquelas pessoas que praticam atos desleais (até mesmo violentos) para obter vantagens, manipulando as pessoas. Este termo é injustamente atribuído a Maquiavel, pois este sempre defendeu a ética na política.
Para Hobbes, no estado de natureza, o indivíduo vive num permanente estado de violência e de medo, estado no qual ninguém se encontra a salvo e onde a vida de cada um corre sempre um grande risco. Hobbes sintetizou este estado de guerra permanente entre todos com a seguinte expressão: “o Homem é o lobo do Homem”. Antes da criação do poder do Estado, ou seja, no estado de natureza, vale a lei natural do mais forte. O estado de natureza é aquele em que todos se julgam com direito a tudo. Por isso, ninguém reconhece ou respeita direito nenhum. A vida humana é nesta situação um constante conflito e está permanentemente ameaçada pela luta de todos contra todos.Ninguém, racionalmente, pode aceitar viver uma situação em que não há garantia alguma de continuar a viver.O indivíduo não pode, então, continuar a viver neste estado que gera angústia e medo.
O homem torna-se o lobo do próprio homem quando ele domina, escraviza, destrói e mata