Filosofia - Diogenes e Alexandre o Grande
Conta-se a anedota de que estava Diógenes deitado tomando o seu sol quando chegou a ele Alexandre, o Grande (imperador que dominou a Grécia) dizendo que lhe daria tudo aquilo que ele quisesse, bastava dizer.
Diógenes era conhecido em Atenas como um grande sábio. Ele desprezava praticamente tudo o que considerava mundano, vivia em trapos e perambulava pelas ruas atenienses carregando uma pequena lamparina acesa. Dizia estar a procura de pelo menos um homem de verdade, um que vivesse por si mesmo, que não fosse apenas membro de um rebanho.
Já por sua vez, Alexandre, O Grande, era um grande conquistador que dominou diversos impérios. Mas, também, um pensador, tendo sido discípulo de Aristóteles. Vivia ávido por sabedoria. Ao perguntar onde poderia encontra um tal sábio Diógenes, Alexandre escutou que o filósofo morava num barril, nas proximidades de um porto.
Certo dia Alexandre o encontrou, tomando sol sentado no chão ao lado de seu barril; O Imperador se aproximou do esfarrapado e lhe disse, extasiado: - Sou Alexandre, aquele que conquistou todas as terras. Peça-me o que quiser que eu lhe darei.
Palácios, terras, honrarias, escravos ou tesouros jamais vistos. O que você quer, ó Sábio?
Diógenes lhe disse, então, que gostaria que o dono do maior império até então conquistado, simplesmente saísse de sua frente, pois estava atrapalhando seu banho de sol, o que mostra o estado de imperturbabilidade em que se propõe o cínico.
Para Diogenes, a felicidade - entendida como autodomínio e liberdade - era a verdadeira realização de uma vida. Sua filosofia combatia o prazer, o desejo e a luxúria pois isto impedia a autossuficiência. A virtude - como em Aristóteles - deveria ser praticada e isto era mais importante que teorias sobre a virtude.
Esta anedota nos trás muitos ensinamentos. Alexandre, embora ávido por sabedoria, buscava terras, escravos e poder. Para ele, estas conquistas eram a sua riqueza. Por outro lado, Diogenes