Filosofia da educação
Os filósofos gregos foram os que deram início as discussões sobre filosofia da educação e seu sentido no mundo. Viam na educação um meio necessário para o alcance de uma cultura ideal e de uma alma purificada, capaz de elevar o homem ao conhecimento inteligível, apostando na busca e um ideal artístico de cultura. Na metáfora da “alegoria da caverna” Platão busca pela educação ideal onde os homens conseguem se libertar do conhecimento da doxa, enxergando a luz da verdadeira realidade. E, nessa expectativa, a educação acabou tornando-se objeto de estudos e reflexão da filosofia desde os tempos gregos. Pode-se dizer que a educação surgiu do forte vínculo entre a filosofia e a pedagogia estabelecido no decorrer dos anos, pois a filosofia, preocupada com as formas do conhecimento perfeito, orientou o homem segundo a razão, interferindo um pensamento pedagógico que busca a perfeição. Entretanto, a filosofia da educação dos últimos tempos, procurou transcender seus limites conceituais,aventurando-se nas discussões filosóficas contemporâneas que propiciam a articulação entre diferentes perspectivas teóricas. Muitos professores ainda não entenderam claramente o que trata cada tradição, utilizando-se das teorias de forma paradoxal. Ora seguem um método de filosofar investigativo, ora simplesmente repassam verdades filosóficas. E ainda há os professores que assumem utopicamente uma ou outra linha filosófica, iluminando pensamentos alheios às necessidades atuais. Sem dúvida, o reconhecimento não elucidado das discussões filosóficas tem demonstrado no campo teórico e prático, uma convivência conflituosa na atividade da disciplina. Diante disso, emerge a necessidade de se questionar sobre a própria formação dos professores e rediscutir a tarefa da disciplina através de parâmetros mais atualizados da cultura