Filosofia Contemporânea
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
Departamento de Filosofia
Disciplina: Introdução à Filosofia Moderna e Contemporânea - 3851
Aluno: Wesley David Macedo RA: 83450
3ª. Avaliação
Tendo em vista que a fenomenologia tem como objeto de estudo os atos de consciência e que a intencionalidade deve ser compreendida como o caráter fundamental deles, faz-se necessário estabelecer uma relação entre os dois. Cada ato de consciência que realizamos é intencional: é “consciência de” ou “experiência de” algo ou outrem, não importa se o fato individual que serve de suporte é real ou imaginário, cada experiência é correlata com um objeto. Caso seja real, nos remonta a algo que vemos, temos experiência; como uma montanha no horizonte e se for algo que imaginamos apresenta-nos um objeto imaginário como um pássaro voando no céu. Ou seja, cada intenção tem um objeto intencionado. Quando vemos a cor azul, por exemplo, nossa consciência não dirige-se aos dados visuais, mas por meio deles visa algo exterior. É sobre essa impressão subjetiva, ”quase” um azul, que se aplica a intenção que se transcende e busca atingir o azul fora de si. Pressupomos daí que aquilo que é vivido pela consciência naquele momento é realmente o que podemos classificar como conteúdo intencional. O que acontece por meio da fenomenologia é que existem variados modos de se intencionar as coisas, como por exemplo, a percepção de uma foto e de um carro passando lá fora. A foto é correlata com uma intencionalidade pictorial; que por sua vez nos remete a uma situação, a pessoas, e que são intencionadas de outra maneira. Já o carro tem uma intencionalidade perceptual. Concluímos, então, que aquilo à que a consciência se resume naquele instante em que tem a apreensão do fenômeno, é a intencionalidade. Além disso, as formas de intencionalidade podem ser entrelaçadas: o sentido que damos ao que se mostra é a