Filosofia Contemporanea
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Leia um trecho selecionado do artigo “A Hermenêutica como sabedoria prática: entre Gadamer e Ricoeur”, de Luísa Portocarrero, o qual é apresentado a seguir. H-G. - Gadamer, o maior representante alemão da corrente hermenêutica do filosofar contemporâneo, procurou, em toda a sua obra, ultrapassar o dogmatismo da concepção moderna da ciência e de uma certa ideia de saber prático, o saber puramente pragmático, aquele que regido pelas leis da pura eficácia, ainda hoje nos governa.
Lembra-nos, para isso, com base no mundo grego, que existiu uma outra ideia de sabedoria, a filosofia que nunca foi ciência, na acepção estrita em que esta palavra é hoje entendida pelas ciências positivas e especializadas e que dizia fundamentalmente respeito ao mundo da vida do humano. Isto é, à sua capacidade de viver a práxis de forma meditativa. A meditação filosófica não pode reduzir-se ao modelo de objetividade da ciência, tal é a tese que, na sequência de Husserl, o filósofo defende no conjunto de todos os seus escritos. Tese essa que o vai levar à defesa do caráter prático e hermenêutico do filosofar, socorrendo-se, para isso, do sentido mais envolvente do filosófico no mundo grego.
A filosofia ou sabedoria lembra-nos, surgida da capacidade de espanto que o homem revela possuir, com o seu interesse por questões teóricas, isto é, por tudo aquilo que supera o mero desejo de conservação ou o âmbito do estritamente pragmático, advertia já nesta altura para algo que o saber para fazer, característico dos nossos dias, tem camuflado. E que, no entanto, constitui o traço distintivo da