filosofia bancaria

Alavancagem corresponde à relação entre capital próprio e créditos aplicados em uma operação financeira e o uso de ativos ou recursos com encargos financeiros fixos para aumentar os efeitos de variações do lucro antes de juros e imposto de renda sobre o lucro por ação. Assim, usa-se recursos de terceiros (basicamente, empréstimos, debêntures, ações preferenciais, etc.) para maximizar os efeitos da variação do lucro operacional sobre os lucros por ação. Geralmente, elevações na alavancagem resultam em aumentos de risco e de retorno; reduções na alavancagem resultam em menor risco e menor retorno.
A alavancagem é positiva quando capitais de longo prazo de terceiros produzem efeitos positivos sobre o patrimônio líquido. Os capitais de terceiros de longo prazo só são vantajosos quando o retorno sobre o patrimônio líquido for superior ao retorno sobre o ativo. De nada adiantaria captar recursos a longo prazo, se estes fizessem com que o retorno sobre o patrimônio líquido recuasse à sua posição anterior à da captação. Alavancagem financeira é isso: a "alavanca" que esta captação produz (ou não) no retorno aos acionistas.
No sistema monetário atual, o processo de criação de crédito é totalmente artificial. Bancos não são meros intermediadores financeiros entre poupadores e investidores, são criadores de crédito artificial na forma de dígitos eletrônicos. O sistema bancário de reservas aumenta artificialmente a renda das pessoas de forma quase imediata. Se a expansão do crédito for alta e, por algum motivo estrutural, o aumento de preços demorar a aparecer, o bem-estar das pessoas irá aumentar (temporariamente, até os preços finalmente começarem a subir), e os políticos da situação ganharão com isso.
Os bancos empregam bastante alavancagem para aumentar seu poder lucrativo. Para impedir que os bancos extrapolem e corram riscos de solvência, os reguladores impõem limites. Para ficar “bem capitalizado”, um banco deve possuir um índice, expresso como percentual do