Filosofia - 10º ano - Valores
Ao agir, o ser humano exprime os seus valores nas suas escolhas e decisões que realiza. Sem a noção de valor, a rede conceptual da acção deixa de fazer sentido, já que as escolhas do ser humano são tomadas em função da importância que este atribui à realidade à sua volta.
No dia a dia usamos o termo valor com vários significados diferentes para classificar o mundo que nos rodeia. Referimo-nos, por exemplo, ao valor de um artigo que vemos numa montra; ao valor de uma jóia de família; ao valor que obtivemos num teste. No entanto, a análise valorativa em Filosofia não se limita à ponderação do valor material dos objetos. Em Filosofia, a dimensão valorativa prende-se com a compreensão dos processos que permitem ao ser humano valorar o mundo à sua volta.
O ser humano, na sua relação com o mundo, está constantemente a criar e emitir juízos sobre a realidade envolvente. De uma forma geral, podemos classificar todos esses juízos como juízos de facto ou juízos de valor.
- Juízos de facto (Por exemplo, quando um jornalista relata, de forma imparcial, os acontecimentos que tiveram lugar num dia e a uma determinada hora, está a emitir juízos de facto. O relato não depende das preferências e opiniões do jornalista, pois é apenas uma descrição, tão rigorosa quanto possível, daquilo que sucedeu. Esta descrição pode ser comprovada de várias formas: pela observação no local ou por testemunhas que assistiram ao acontecimento. Assim a notícia pode ser classificada como verdadeira ou falsa.)
Concluindo, juízo de facto:
● é aquele em que é feita uma descrição objectiva da realidade, ou seja, é objectivo, porque existe uma correspondência direta entre o que é afirmado e a realidade (é independente das opiniões ou crenças do sujeito que os enuncia);
● tem valor de verdade, pois pode ser considerado verdadeiro ou falso conforme se verifique ou não a sua correspondência com a realidade;
● é descritivo, dado que não acrescenta nada ao