filosofando
Lógico com este conceito, classificou Leão Hebreu as formas da atividade intelectual em arte, prudência, entendimento, ciência e sapiência. A arte, «hábito das coisas factíveis segundo a razão», constitui a dexteridade nas coisas manuais, no sentido lato da expressão; a prudência, «hábito das coisas agíveis conformes à razão»; a ética, ou efetivação das virtudes, pela vontade, amor e desejo e o entendimento, os princípios do saber, isto é, aqueles princípios gerais que a razão comum admite quando compreende os termos que os exprimem, como o dever de procurar o bem e evitar o mal, a impossibilidade de coexistência dos contrários, etc.
A fundamentação e combinação destes princípios ou postulados origina a ciência, que ele define aristotelicamente como o «hábito do conhecimento e da conclusão», e cujo conteúdo classifica e distribui pelas «sete artes liberais». Finalmente a sapiência, síntese de todas as ciências, ocupa-se do princípio das coisas existenciais e das espirituais, eternas, cujo ser, mais excelente que o das corpóreas, a razão descobre, embora os sentidos, embaciados de materialidade, o não apreendam diretamente. Cultivando-a, o espírito humano simultaneamente se exercita no último e mais perfeito ser e atinge, nos limites do possível, o conhecimento da essência divina. Daí o chamarem-lhe «os gregos» teologia e ainda filosofia primeira, por ser «a cabeça» de todas as ciências.
Banais estes conceitos, mormente depois da difusão da Metafísica de Aristóteles, onde