Filosofando
Ele conseguiu vender suas histórias para serem publicadas em revistas de literatura barata então muito populares nos Estados Unidos nas primeiras décadas do século XX. Assim, a primeira história de Tarzan foi publicada em outubro de 1912, no romance Tarzan of the Apes ( Tarzan dos Macacos ), numa revista chamada All-Story. Foi um sucesso imediato e Burroughs escreveu vinte e quatro romances sobre o herói das selvas. O escritor enriqueceu, pois detinha os direitos autorais sobre sua criação. Por outro lado, alguns dos artistas que desenharam os quadrinhos para jornais (tiras diárias e páginas para suplementos dominicais) reclamavam que ganhavam pouco, pois a maior parte do lucro ia para Burroughs, e após sua morte em 1950, para seus herdeiros.
Burroughs nunca havia posto os pés na África. O escritor também não se preocupou em pesquisar seriamente sobre o continente africano para escrever as aventuras de Tarzan. Para criar as aventuras de Tarzan, usou apenas sua fértil imaginação e buscou inspiração nos livros de aventura de escritores como Rudyard Kipling, autor de O livro da selva (também conhecido como O livro da Jângal, numa tradução de Monteiro Lobato) e H. Rider Haggard, autor de As minas do rei Salomão.
Na obra de Kipling, ambientada na Índia, o personagem principal era Mogli, o menino-lobo, uma criança órfã adotada por lobos. Para se diferenciar da obra de Kipling e não ser acusado de plágio, Burroughs fez três alterações significativas: mudou a ambientação da Índia para a África, enquanto Mogli foi adotado por lobos, Tarzan foi adotado por macacos, e enquanto Mogli era uma criança indiana, Tarzan era filho de uma família de aristocratas ingleses. Em comum com os livros de