Filogenia e evolução de hymenoptera
Os himenópteros podem ser definidos, segundo Nieves-Aldrey, Fontal-Cazalla e Fernández (2006) como “insetos holometábolos haplodiplóides com peças bucais mastigadoras, que porém não possuem élitros”. Dois traços derivados que caracterizam a ordem Hymenoptera bastariam para definir a ordem como monofilética: Possuir dois pares de asas membranosas, um par posterior menor e articulado ao primeiro por um ou mais ganchos pequenos (hámulos), e apresentar um mecanismo de determinação sexual haplodiplóide, pelo qual os ovos fertilizados diplóides normalmente dão lugar a fêmeas, e ovos haplóides não fecundados dão lugar a machos. A ordem Hymenoptera está tradicionalmente dividida em duas subordens: Symphyta e Apocrita; o último por sua vez é dividido em dois grupos: Parasitica e Aculeata (Nieves-Aldrey, Fontal-Cazalla e Fernández apud Gauld y Bolton, 1988). Parece claro que, tal como se define tradicionalmente, Symphyta é um conjunto parafilético de superfamílias (distinguidas por apresentar um conjunto de uma série de características primitivas, e, pela ausência das características especializadas dos Apocrita). No que diz respeito aos Apocrita, existe um consenso geral ao considerar os Aculeata como um grupo monofilético. Este não é o caso dos Parasitica, em que todos os estudos de filogenia feitos sinalizam como um conjunto parafilético artificial de superfamílias e sua vigência como categoria taxonômica válida na classificação atual parece difícil de defender. Como conseqüência dos estudos cladísticos referidos, a classificação tradicional ao nível de superfamília da ordem está sendo questionada. As categorias Symphyta e Apocrita, assim como as subdivisões Parasitica e Aculeata seguem sendo úteis para separar grandes grupos de himenópteros no aspecto biológico, de modo que ainda são usadas por muitos autores (Nieves-Aldrey, Fontal-Cazalla e Fernández apud Goulet e Huber, 1993). Por outro lado, as relações