Filmes "Cidadão Kane" e "O quarto poder"

Cidadão Kane/O quarto poder

Tanto o filme “Cidadão Kane”, quanto “O quarto poder”, falam sobre o poder da mídia. Mas enquanto no primeiro o foco é como ela pode mexer com uma pessoa da imprensa, no segundo a visão é sobre como os profissionais da área tratam os assuntos e como o jornalismo pode influenciar os pensamentos das pessoas e o futuro dos acontecimentos.

Ambos são bons para que os postulantes a jornalistas reflitam sobre como a profissão mexe com a vida de quem a escolhe. Nos dois longa metragens é abordada a influencia do poder e como ele pode “corromper” alguém. A diferença é que no primeiro filme o dono do jornal quer elevar seu veículo, já no segundo o que vale é uma matéria e o prestígio do próprio repórter. Mas em ambos os casos os envolvidos – não só os personagens principais – se tornam capazes de tudo pela ganância da sua profissão.

No nosso cotidiano essas situações acontecem com frequência, mas de forma mais acentuada na Rede Globo, já que é o veículo mais popular – e consequentemente mais influenciador – do país. E como quase tudo que chega ao topo vira vidraça, pedras são atiradas na direção da emissora constantemente. Todos os veículos podem e são contestados, mas nenhum da forma e do “tamanho” que a Globo é.

O ódio que muitos sustentam pode ser visto diariamente nas redes sociais ou em mesas de bares. Durante os protestos de junho/julho era possível ver tal “insatisfação” de algumas pessoas com a emissora, que foi atacada verbalmente e fisicamente, tendo equipamentos destruídos e profissionais ameaçados.

Outros meios de comunicação também enfrentaram problemas, mas o ódio pela Globo tomou tamanha dimensão que fez até com que o grupo de vândalos Black Bloc a tivesse como alvo, com seus “protestos” baderneiros que visam a destruição. No entanto, como é citado n’O quarto poder, a população é “volúvel”, e tantas opiniões contrárias à emissora nunca refletiram em seus altíssimos níveis de audiência – conquistados também por sua