O filme Um estranho no ninho conta a história de Randle Patrick McMurphy, que simula insanidade para não trabalhar, além de ter uma acusação de estupro, vai para uma instituição para doentes mentais, onde estimula os internos a se voltarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe Ratched, o que ele não imagina é que estar preso não quer dizer necessariamente que estamos encarcerados ou cercados por muros e grades. É importante perceber que o filme reflete que podemos nos sentir sufocados, cercados, aprisionados, mesmo que estejamos no mais livre dos lugares do planeta, o filme incentiva o questionamento sobre a coragem de lutar para conquistar a liberdade que desejamos, inclusive a prisão psicológica de um grupo de pessoas dentro de uma instituição para doentes mentais (ou manicômio) e o caos que “um estranho no ninho” provoca naquelas vidas é o que direciona o filme. Fica nítido o modelo hegemônico já que durante todo o filme o conceito de doença mental , é sustentado pela visão médica-psiquiátrica, onde por exemplo, há horários definidos para remédios(medicalização) e todos de modo obediente e automático ingerem sem questionamento, há também a “terapia” que ali é aplicada e quer transmitir um auxilio aos que ali estão, quando na realidade, a enfermeira Ratched que direciona, coloca questões que fomenta assuntos polemizadores, para causar uma alteração no grupo, comprovando a incapacidade de diálogos e como eles não sabem lidar com questões internas. A presença de McMurphy representa o caos naquele grupo, já que ele tem as atitudes inesperadas, quebra a rotina e ativa um lado praticamente adormecido naquelas pessoas, o que gera um problema para ela, ao mesmo tempo não podemos considerar que a enfermeira seja uma má pessoa, como fica comprovado na reunião dos médicos em que Ratched diz querer ficar com McMurphy e não simplesmente passar o problema adiante. Foucault fala que a partir do sec XIX, a masturbação e a homossexualidade foi